Principais Tipos de Nutracêuticos

Suplementos de vitaminas (como vitamina C, D, complexo B) e minerais (como zinco, magnésio) para complementar a dieta.

Como ómega-3, encontrado em peixes, que é importante para a saúde cardiovascular.

Que auxiliam na manutenção e desenvolvimento muscular.

Compostos que favorecem a saúde intestinal, como lactobacilos e bifidobactérias.

Como curcuma, ginseng e chá verde, conhecidos por suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.

Substâncias como resveratrol e flavonoides, que combatem o stresse oxidativo no organismo.


Nutracêutico vs Farmacêutico
1. Composição e Propósito

Os produtos farmacêuticos, que são medicamentos, e os nutracêuticos diferem na sua composição e, por vezes, no seu propósito. Os nutracêuticos são produtos naturais que se destinam à prevenção de certas doenças e, não apenas, ao tratamento das mesmas, como acontece com os produtos farmacêuticos. Todos os medicamentos são sujeitos a testes clínicos muito rigorosos no que diz respeito à sua segurança e toxicidade em humanos e provocam efeitos secundários, uns mais relevantes que outros. Nesse sentido, existem também diferenças no que concerne à regulamentação e aprovação dos nutracêuticos e dos medicamentos.

2. Regulamentação e Propósito

A regulamentação e aprovação dos nutracêuticos tende a ser mais flexível porque o uso adequado e aconselhado de um nutracêutico não provoca efeitos secundários, ao contrário da vasta maioria dos medicamentos. Porém, um nutracêutico não está autorizado a fazer alegações de tratamento ou cura de doenças e a escolha de uma marca que lhe ofereça confiança e qualidade é fundamental.

Na Europa, a definição de produto farmacêutico (ou medicamento) é estabelecida pela Diretiva 2001/83/CE, que regulamenta os medicamentos de uso humano dentro da União Europeia. Segundo esta diretiva, um produto farmacêutico é definido de duas formas complementares:

1. Por Função Terapêutica: Um produto é considerado um medicamento se tiver propriedades para tratar ou prevenir doenças em seres humanos.

2. Por Composição e Efeito Fisiológico: Um produto também pode ser classificado como medicamento se for administrado com o objetivo de restaurar, corrigir ou modificar funções fisiológicas por meio de uma ação farmacológica, imunológica ou metabólica, ou para fazer um diagnóstico médico.

Sobre Regulamentação e Aprovação:
Também, por se tratarem de produtos que acarretam potencialmente mais riscos para a saúde (e têm vários efeitos secundários), os medicamentos são rigidamente regulados pelas agências do medicamento de cada região ou país (p.ex. na Europa é a EMA que fiscaliza e autoriza a entrada de novos medicamentos, nos EUA é a FDA). O seu uso está dependente de prescrição médica e tem de ser monitorizado por um ou vários profissionais de saúde. São sujeitos a extensos testes clínicos para comprovar segurança, eficácia e qualidade antes de serem aprovados.

A regulamentação consiste:

• Registro e Aprovação: Para ser autorizado para venda, um medicamento deve passar por rigorosos testes de segurança, eficácia e qualidade, e precisa ser aprovado pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) ou pelas autoridades de saúde de cada país.

• Controle de Qualidade: Medicamentos devem ser fabricados de acordo com as Boas Práticas de Fabricação (BPF).

• Evidências Científicas: A classificação de um produto como medicamento exige evidências científicas robustas sobre sua segurança e eficácia, obtidas em ensaios clínicos rigorosos.

3. Efeitos no Organismo

Quanto aos seus efeitos no organismo, os nutracêuticos, geralmente, têm um efeito mais gradual, voltado para a manutenção da saúde, prevenção e ajuste de desequilíbrios. O impacto tende a ser menos evidente e mais voltado para o suporte nutricional e resposta imunológica.

Há situações em que o nutracêutico não substitui a ação dos medicamentos tradicionais.

Os medicamentos contêm substâncias ativas com ação terapêutica direta e mensurável sobre determinada doença. Seus efeitos são rápidos e quantificáveis, mas podem vir acompanhados de efeitos adversos que precisam ser monitorizados. O médico faz em cada prescrição uma decisão referente ao custo benefício de cada medicamento na saúde do seu doente.
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